Continua nos
meios de comunicação social e nas conferências de imprensa dos partidos
políticos a agitação sobre o SNS. Partidos de direita e de esquerda continuam a
reclamar a melhoria do serviço público.
De facto
tarda uma reforma que dê mais ênfase (leia-se dinheiro) ao SNS, que lhe permita
dar mais rápida satisfação às necessidades dos utentes e justa satisfação aos
profissionais.
Para mim, uma prova disto é o bombardeamento
que através da internet as pessoas são sujeitas: todos os dias, ou quase, me
aparecem na secção de promoções do meu correio electrónico ofertas de planos de
saúde, de seguros de saúde, de exames complementares de diagnóstico, etc. Não
posso deixar de concluir que se existe esta oferta é porque os mercadólogos (vulgo marketeers
) ao serviço daquelas instituições determinaram que existe procura –
disposta a pagar mais que no SNS. Sim porque nenhuma empresa investe se não
souber que existe procura.
É compreensível
que o Governo tenha de equilibrar as suas despesas pelas diversas necessidades
da população. Embora a saúde seja muito importante, não lhe pode ser dada uma
prioridade tal que ponha em risco a satisfação de outras necessidades também
fundamentais ( educação, segurança social, segurança pública, etc. ).
Nestas
condições, lembrei-me de sugerir a introdução dum imposto de que se fala mundialmente
há muito tempo mas que ainda nenhum país , que eu saiba, aplicou : O IMPOSTO
SOBRE TRANSACÇÕES FINANCEIRAS. Vejamos
um exemplo :
Segundo a
CMVM, o valor total de execução de ordens de transação na Bolsa de Lisboa foi
em 2016 de, aproximadamente, 100.000 milhões de euros. Se lhe tivesse sido aplicado
um imposto de transação de 0,5 % ( o pão paga 6% de IVA ), isso teria rendido
ao Estado cerca de 500 milhões de euros. Esta verba canalizada para o Ministério
da Saúde teria permitido aumentar o respectivo orçamento em 2%, passando de
24.600 milhões de € para 25.100 milhões. Teria sido uma razoável ajuda !
Sem comentários:
Enviar um comentário