POUCO INVESTIMENTO POR PARTE DE PRIVADOS
É um facto que Portugal
necessita de mais investimento produtivo ( não de investimento especulativo ).
Sectores ligados à direita dizem que a falta de investimento por parte de
privados se deve ao alto(?) valor do IRC, aos salários elevados (?) dos
trabalhadores, etc.
Na realidade, um investidor só investe num negócio novo se houver quem compre o que vai produzir, ou seja se houver procura. Ora o problema do nosso País é que devido aos baixos rendimentos da generalidade da população a PROCURA É MUITO REDUZIDA. .O esforço do Governo para aumentar rendimentos ainda não foi suficiente para um relançamento significativo do investimento.
Na realidade, um investidor só investe num negócio novo se houver quem compre o que vai produzir, ou seja se houver procura. Ora o problema do nosso País é que devido aos baixos rendimentos da generalidade da população a PROCURA É MUITO REDUZIDA. .O esforço do Governo para aumentar rendimentos ainda não foi suficiente para um relançamento significativo do investimento.
( Comentário publicado no meu
portal do Facebook em 3 de Novembro de 2016 ).
Acrescentando mais alguma
coisa ao tema, pergunto :de que serve uma empresa pagar 0% de IRC e, por
hipótese também, 0% de salários se não tiver a quem vender os seus bens e
serviços? É evidente que nenhuma empreendedor irá investir o seu dinheiro
nestas circunstâncias ( a não ser que
tenha uma bola de cristal de confiança que lhe diga que daqui a X tempo vai
haver uma grande procura…).
A política de incentivos
fiscais já existe para quem se estabelecer de novo .É uma prática corrente para
circunstâncias bem definidas. Quanto a garantir salários baixos ou trabalho sem
direitos é algo que qualquer pessoa medianamente civilizada deve repudiar com
veemência. Para conseguir produtos ou serviços a preços competitivos, é
necessário instalar equipamento do melhor estado da arte, organizar
eficientemente os serviços, treinar adequadamente pessoal capaz e oferecer
alguma coisa que as pessoas possam e queiram comprar E os serviços necessários
( energia, água, tratamento de efluentes ) devem ter custos não influenciados
por rendas, ou outras alcavalas, injustificáveis.
Gostaria de indicar sectores
onde valesse apena fazer investimentos, mas para alem do turismo ( o que toda a
gente sabe ), não tenho conhecimentos dos mercados para o fazer. Porem, talvez possa
dizer que para espectáculos de ópera há mais procura que oferta. De facto as
sessões no S. Carlos esgotam quase sempre. A temporada lírica apresenta apenas
6 óperas. Haverá aqui espaço para empreendedorismo cultural ? Quando era jovem, havia a temporada
de ópera do S. Carlos e a do Coliseu dos Recreios ( esta um empreendimento privado ) ! . E nessa
altura os rendimentos médios das pessoas eram mais baixos, a área metropolitana
de Lisboa era menos povoada e as pessoas dispunham de muito menos transporte
individual. Há por aí algum empresário privado para investir em espectáculos de
ópera ? É que a ópera também tem
música e canto !...
.16 de Novembro de 2016