O CASO : Através duma reportagem da estação de
televisão TVI, realizada a partir de.
denúncias feitas e emitida a 9 de Dezembro de 2017, ficou a saber-se que a IPSS
“Raríssimas” destinada apoiar doentes de doenças mentais e raras, objecto de
financiamentos publicas e privados, tinha como presidente uma senhora, Paula
Brito e Costa, que se fixou a si própria um vencimento acrescido de
complementos que , no exemplo apresentado, totalizava mais de 6.000 € mensais,
um plano de poupança reforma de mais de 800 € por mês e usufruía dum carro de
luxo que custava mais de 900 € mensais à instituição. Na mesma reportagem foi
dito que o Secretário de Estado Sr. Manuel Delgado, tinha sido consultor da
IPSS antes de ser convidado para o Governo, com um salário mensal de 3000 € e
que o Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Sr. Vieira da
Silva, também antes de ser Ministro tinha sido vice presidente da assembleia
geral da instituição
O
DESENVOLVIMENTO DO CASO : O Secretário de Estado e a Presidente da Raríssimas,
2 ou 3 dias depois pediram a demissão dos seus cargos, que, no que diz respeito
ao primeiro, foi prontamente aceite pelo governo. Seguiram-se mais notícias nos
meios de comunicação, iniciaram-se ataques e perguntas ao Ministro relativos à
sua actuação, sugerindo as oposições que teria relações pessoais com a
ex-presidente e que teria tido uma atitude de favorecimento da IPSS. O Ministro
pediu então ao PS que solicitasse uma audição no Parlamento para que os
representantes dos grupos parlamentares fizessem as perguntas e ele pudesse
esclarecer tudo. A audição na Comissão de Trabalho e Segurança Social teve
lugar no dia 18 de Dezembro de 2017.
Os deputados
presentes fizeram as perguntas que entenderam, destacando-se o histriónico Sr.
Monteiro do CDS que gesticulou com abundância e exibiu uma foto em que o
Ministro estava presente com outra pessoa
pretendendo que este a explicasse. O Ministro respondeu convincentemente
a tudo o que perguntaram – não tendo no entanto feito a vontade ao Sr. Monteiro
no que respeita à fotografia (!) – dizendo que tinha desempenhado o cargo de
Vice Presidente da AG da Raríssimas a título gracioso, que nunca tinha ganho um
cêntimo com serviços prestados à instituição, que esta era uma associação
reconhecidamente de grande utilidade pública no campo social, que as
contribuições feitas pelo seu ministério eram absolutamente normais, que as
queixas de irregularidades de funcionamento entradas no ministério tinham sido
tratadas normalmente, delas resultando a abertura dum inquérito à Raríssimas
anteriormente à emissão da reportagem da TVI e que uma outra queixa, verbal, de
desvios de fundos na delegação da Maia feita pela Srª. Brito e Costa, tinha
transitado para a Polícia Judiciária, como devia.
AS MINHAS
CONCLUSÕES SOBRE O CASO :
1. A
fundadora da Raríssimas teve o grande mérito de pôr de pé uma obra notável que
mereceu o reconhecimento nacional e
internacional. O contacto com os chamados VIPs da política e da sociedade teve
um efeito perverso na sua maneira de ser, fazendo-a achar-se no direito a luxos
e mordomias, “para estar ao nível dos seus contactos” , que desviaram dinheiros
dos reais objectivos da instituição.
Como se costuma dizer, subiu-lhe o poder à cabeça.
2. A
reportagem da TVI, resultado de
denúncias de tesoureiros que não concordavam com as despesas, foi aproveitada
pelas oposições ao governo e pelos “degustadores” de escândalos para tentar
atingir o Ministro Vieira da Silva e o Secretário de Estado Manuel Delgado.
Este teve o bom senso de pedir a demissão rapidamente, pois os seus
recebimentos como consultor da Raríssimas eram notoriamente excessivos para os
eventuais trabalhos realizados. O Ministro, certo da sua honorabilidade,
defendeu-se da melhor maneira possível : pediu grupo parlamentar do PS que o
chamasse para uma audição, parlamentar, como foi dito acima, de onde saiu claramente
vencedor
3. Sendo do
conhecimento geral que o Ministro Vieira da Silva é uma pessoa íntegra, que não
faz favores nem acumula cargos remunerados, e tem uma excelente competência
técnica e de gestão para desempenhar aa suas funções, estas tentativas das
oposições para o denegrir só podem ser consideradas rasteiras e rafeiras.
Quem saiu
fragilizado deste caso não foi o Ministro mas os seus opositores!
Lisboa, 23
de Dezembro de 2017
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