domingo, 24 de dezembro de 2017

O CASO DA IPSS RARÍSSIMAS E O ATAQUE AO MINISTRO VIEIRA DA SILVA


  

O  CASO : Através duma reportagem da estação de televisão TVI,  realizada a partir de. denúncias feitas e emitida a 9 de Dezembro de 2017, ficou a saber-se que a IPSS “Raríssimas” destinada apoiar doentes de doenças mentais e raras, objecto de financiamentos publicas e privados, tinha como presidente uma senhora, Paula Brito e Costa, que se fixou a si própria um vencimento acrescido de complementos que , no exemplo apresentado, totalizava mais de 6.000 € mensais, um plano de poupança reforma de mais de 800 € por mês e usufruía dum carro de luxo que custava mais de 900 € mensais à instituição. Na mesma reportagem foi dito que o Secretário de Estado Sr. Manuel Delgado, tinha sido consultor da IPSS antes de ser convidado para o Governo, com um salário mensal de 3000 € e que o Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Sr. Vieira da Silva, também antes de ser Ministro tinha sido vice presidente da assembleia geral da instituição

O DESENVOLVIMENTO DO CASO : O Secretário de Estado e a Presidente da Raríssimas, 2 ou 3 dias depois pediram a demissão dos seus cargos, que, no que diz respeito ao primeiro, foi prontamente aceite pelo governo. Seguiram-se mais notícias nos meios de comunicação, iniciaram-se ataques e perguntas ao Ministro relativos à sua actuação, sugerindo as oposições que teria relações pessoais com a ex-presidente e que teria tido uma atitude de favorecimento da IPSS. O Ministro pediu então ao PS que solicitasse uma audição no Parlamento para que os representantes dos grupos parlamentares fizessem as perguntas e ele pudesse esclarecer tudo. A audição na Comissão de Trabalho e Segurança Social teve lugar no dia 18 de Dezembro de 2017.
Os deputados presentes fizeram as perguntas que entenderam, destacando-se o histriónico Sr. Monteiro do CDS que gesticulou com abundância e exibiu uma foto em que o Ministro estava presente com outra pessoa  pretendendo que este a explicasse. O Ministro respondeu convincentemente a tudo o que perguntaram – não tendo no entanto feito a vontade ao Sr. Monteiro no que respeita à fotografia (!) – dizendo que tinha desempenhado o cargo de Vice Presidente da AG da Raríssimas a título gracioso, que nunca tinha ganho um cêntimo com serviços prestados à instituição, que esta era uma associação reconhecidamente de grande utilidade pública no campo social, que as contribuições feitas pelo seu ministério eram absolutamente normais, que as queixas de irregularidades de funcionamento entradas no ministério tinham sido tratadas normalmente, delas resultando a abertura dum inquérito à Raríssimas anteriormente à emissão da reportagem da TVI e que uma outra queixa, verbal, de desvios de fundos na delegação da Maia feita pela Srª. Brito e Costa, tinha transitado para a Polícia Judiciária, como devia.

AS MINHAS CONCLUSÕES SOBRE O CASO :

1. A fundadora da Raríssimas teve o grande mérito de pôr de pé uma obra notável que mereceu  o reconhecimento nacional e internacional. O contacto com os chamados VIPs da política e da sociedade teve um efeito perverso na sua maneira de ser, fazendo-a achar-se no direito a luxos e mordomias, “para estar ao nível dos seus contactos” , que desviaram dinheiros dos reais objectivos da  instituição. Como se costuma dizer, subiu-lhe o poder à cabeça.

2. A reportagem da TVI,  resultado de denúncias de tesoureiros que não concordavam com as despesas, foi aproveitada pelas oposições ao governo e pelos “degustadores” de escândalos para tentar atingir o Ministro Vieira da Silva e o Secretário de Estado Manuel Delgado. Este teve o bom senso de pedir a demissão rapidamente, pois os seus recebimentos como consultor da Raríssimas eram notoriamente excessivos para os eventuais trabalhos realizados. O Ministro, certo da sua honorabilidade, defendeu-se da melhor maneira possível : pediu grupo parlamentar do PS que o chamasse para uma audição, parlamentar, como foi dito acima, de onde saiu claramente vencedor

3. Sendo do conhecimento geral que o Ministro Vieira da Silva é uma pessoa íntegra, que não faz favores nem acumula cargos remunerados, e tem uma excelente competência técnica e de gestão para desempenhar aa suas funções, estas tentativas das oposições para o denegrir só podem ser consideradas rasteiras e rafeiras.
Quem saiu fragilizado deste caso não foi o Ministro mas os seus opositores!

 

Lisboa, 23 de Dezembro de 2017

Sem comentários:

Enviar um comentário