segunda-feira, 19 de setembro de 2016

INCOMPREENSÃO SOBRE CERTAS REACÇÕES


segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

INCOMPREENSÃO SOBRE CERTAS REACÇÕES


De acordo com o esboço do OE 2016, vão ser aumentados os impostos sobre produtos petrolíferos tais como a gasolina e o gasóleo , o que fará subir os respectivos preços no consumidor. A intenção do governo é colher receitas semelhantes às de Julho de 2015 QUANDO O PREÇO DO PETRÓLEO BRUTO ESTAVA MAIS ALTO.
Após o alerta dos meios de comunicação social,  entidades  e associações como  o  ACP e ANAREC  começaram a manifestar a sua  indignação.
É claro que para mim, que saio com o meu carro todos os dias, a ideia de voltar a pagar pela gasolina o mesmo preço de Julho de 2015 não é agradável. Estava a gostar da ideia de pagar menos para fazer os mesmos kms.

Porem há uma coisa que não compreendo :
Se o aumento do preço dos combustíveis no consumidor resultar do aumento do preço do petróleo bruto ( que vai fazer aumentar os lucros dos produtores e dos especuladores ) as associações e pessoas resmungam mas conformam-se. São os mercados a funcionar, dizem
–  e há muitos que os consideram tão sagrados como as sagradas escrituras                                                                                      

 Por outro lado, se o aumento de preços ao consumidor não resultar  de maiores lucros dos produtores ou dos especuladores mas da necessidade do governo actual não perder receitas para poder proporcionar aos portugueses mais prejudicados pelas políticas do anterior executivo PSD+CDS, reposição de salários e de prestações sociais, logo surgem a repulsa e a indignação
Não serão muito mais aceitáveis as causas do aumento dos combustíveis no segundo  caso que no primeiro ?

Eu acho que sim, tanto mais que os novos preços não serão elevados para valores nunca vistos  e portanto parece-me incompreensível a diferença de reacções apontada. POR ISSO ACEITO A MEDIDA SEM MÁ CARA

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

PORQUE NÃO VOU VOTAR EM MARCELO REBELO DE SOUSA (MRS)

MRS é sem dúvida uma pessoa simpática, bom comunicador, bom comentador ( pelo menos quanto à forma ), “visitante” habitual das nossas casas 1 vez por semana capaz de manter fieis audiências durante largos anos. Imagino que seja apreciado e estimado pelos seus alunos, penso que seja honesto e incorrupto em matéria de dinheiros, sem ligações a negócios bancários ou imobiliários. Penso também que não foge ao pagamento dos impostos devidos

Que sei sobre o percurso político de MRS ? Na realidade não muito apesar da sua exposição pública. Sei que foi Secretário de Estado num governo PSD ( mas não sei porque cessou funções ), que foi candidato a presidente da CM Lisboa e que perdeu, que foi presidente do PSD  (mas que não chegou ao fim do mandato ) tendo tido uma posição colaborante com o governo António Guterres na tentativa, conseguida, de entrar no clube do Euro. Tirando esta última atitude, que favoreceu então o interesse nacional, não me parece que tenha feito algo de importante na vida política portuguesa.

Por outro lado a sua actual promessa como candidato presidencial de defesa intransigente das várias componentes do estado social ( escola publica, serviço nacional de saúde, protecção social no desemprego, na velhice, no desamparo, na reforma ) não corresponde a atitudes tomadas durante o governo da coligação PSD+CDS. Não quero dizer que MRS não tenha simpatia pelo estado social, quero dizer que nas circunstâncias da anterior governação não foi um opositor vigoroso às medidas então tomadas. Que me lembre, limitou-se nas suas palestras dominicais a condenar a forma como as más mudanças foram apresentadas mas não o sua substância.

Portanto, eu, que considero o estado social como uma grande conquista civilizacional do pós-guerra de 1939-1945, não poderia nunca votar numa pessoa que nem sempre se mostrou um seu acérrimo paladino. Não teria a confiança de que se um dia voltasse a ser necessário sacrificar alguma coisa dos portugueses, MRS, como PR, não desse o seu aval a que se começasse pelo estado social.

Simpatia não basta !

17 JAN 2015

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